Embargado: 00:00 EST / 05:00 UTC 25 DEFEBRERO DE 2021
Nova York, 25 de fevereiro – Os Governos podem financiar ações críticas contra a pobreza extrema, a COVID-19 e a crise climática se recuperarem os bilhões de dólares perdidos com fraude fiscal, corrupção e lavagem de dinheiro, diz um painel da ONU.
O Painel de Alto Nível sobre Responsabilidade, Transparência e Integridade Financeiras Internacionais para Alcançar a Agenda 2030 (Painel FACTI), está pedindo aos Governos para que concordem com um Pacto Global de Integridade Financeira para o Desenvolvimento Sustentável.
O painel, formado por ex-chefes de governos e de bancos centrais, líderes empresariais e da sociedade civil e acadêmicos proeminentes, diz que até 2,7% do PIB mundial é objeto de operações de lavagem de dinheiro, enquanto as corporações que buscam jurisdições livres de impostos privam os Governos de até US$ 600 bilhões ao ano.
Em seu relatório, Integridade Financeira para o Desenvolvimento Sustentável, o Painel FACTI destaca a necessidade de leis e instituições mais sólidas para prevenir a corrupção e a lavagem de dinheiro, e que os banqueiros, advogados e contadores que permitem crimes financeiros também devem enfrentar sanções punitivas.
O relatório também pede uma maior transparência sobre a titularidade das empresas e o gasto público, uma cooperação internacional mais sólida para processar os atos de corrupção, um imposto corporativo mínimo internacional e a tributação das gigantes digitais, e uma governança global para abuso fiscal e lavagem de dinheiro.
“Um sistema financeiro corrupto e falido rouba dos pobres e priva o mundo inteiro dos recursos necessários para erradicar a pobreza, se recuperar da COVID e encontrar soluções para a crise climática”, explica Dalia Grybauskaitė, copresidente do FACTI e ex-presidente da Lituânia.
“Acabar com as brechas que permitem a lavagem de dinheiro, a corrupção e o abuso fiscal, além de acabar com as irregularidades de banqueiros, contadores e advogados, são alguns dos passos necessários para transformar a economia mundial para o bem universal”, declara Ibrahim Mayaki, copresidente do FACTI e ex-primeiro-ministro do Níger.
Em um momento em que a riqueza dos multimilionários disparou em 27,5% e que 132 milhões de pessoas foram levadas à pobreza devido à COVI-19, o relatório diz que um décimo da riqueza do mundo pode estar escondido em ativos financeiros offshore, impedindo os Governos de coletarem sua parte justa de impostos.
Recuperar o prejuízo anual por elisão e evasão fiscais permitiria, por exemplo, a expansão da rede de seguridade social de Bangladesh a 9 milhões de idosos, a construção de 38 mil salas de aula no Chade e a instalação de 8 mil turbinas eólicas na Alemanha.
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O Painel de Alto Nível sobre Responsabilidade, Transparência e Integridade Financeiras Internacionais para Alcançar a Agenda 2030 (Painel FACTI) foi convocado pelo 74° Presidente da Assembleia Geral da ONU e pela 75ª Presidente do Conselho Econômico e Social da ONU no dia 2 de março de 2020.
O Painel FACTI analisa a responsabilidade financeira, transparência e integridade e faz recomendações baseadas em evidências para preencher as lacunas existentes no sistema internacional, a fim de alcançar a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O lançamento do relatório com os painelistas e os Estados Membros será transmitido das 8:00 às 10:00 EST/ 13:00 às 15:30 UTC em http://webtv.un.org/
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